quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Verão



O suave som do mar traz uma harmonia imensa. Passeando a beira mar sinto a brisa marinha, os sons, a areia trazem uma sensação única que só consigo distinguir quando os raios de sol tocam a minha pele como uma caricia. É verão, dizem os meus instintos.
Cá estou eu, num longo dia calorento de Agosto, deitada na toalha numa praia de areia. Com os olhos fechados, ouço as crianças a brincar, o mar a bater na areia e o vento por vezes a acalmar o calor da tarde.  Os meus pés inquietos, enterram-se na areia como caranguejos atormentados. Abro os olhos, a claridade é tanta que tenho obrigatoriamente que colocar os óculos de sol. Nesta praia dourada, sinto-me como se não houvessem tristezas, como se estivesse tudo bem, como se tudo passasse apenas de um sonho, mas não é sonho nenhum. Olho para o lado, e falo um pouco com as minhas amigas, com aquelas com quem posso contar com tudo. De repente chega a praia alguém de quem interesso-me muito. É um rapaz bem bonito. Enfim, ele nunca olharia para mim claro. Cheia de calor, levanto-me da minha toalha preta com flores roxas, e vou dar um mergulho. Está um calor infernal, e a água deve estar com 22ºC. Ao entrar na água, olho por todo o lado e só vejo crianças eufóricas a brincar e a nadar. De repente deparo-me de frente com ele fico um pouco envergonhada, apesar de nesse instante não olhar para ele. Nado um pouco, sinto as correntes de água nos pés, correntes frias. Decido voltar para a toalha para dar mais um toque especial ao bronze. Aqueles olhos esverdeados são algo magnifico, e mexeram com este meu coração partido no instante em que se fixaram nos meus olhos. Ao fim da tarde, toda a gente começava a sair da praia, com escaldões enormes, com a pele muito vermelha e as crianças choram porque querem continuar na praia a brincar. Eu só consigo pensar em como a vida é bela, e como tenho que aproveitar todos os momentos, e não me importar com quem não se importa comigo. O sol começa-se a por e é hora de voltar para casa, tomar um duche morno e tentar não pensar naquele rapaz misterioso.

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