sábado, 10 de novembro de 2012

A Viagem da minha Vida




            A uns dois anos atrás, tinha eu completado o meu vigésimo aniversário, e com o dinheiro que tinha guardado de todo o meu trabalho árduo, decidi fazer uma viagem. Tinha várias escolhas, desde oriente até ocidente, visto que tinha dinheiro suficiente. Então, eu e a minha melhor amiga decidimos fazer uma viagem ao Havai. Ainda me lembro, nesse dia em Lisboa estava frio, e caia uma chuva torrencial. Até pensei que o avião iria cair. Tive o meu primeiro ataque de pânico, pois ocorreu muita turbulência durante a viagem. Quando chegámos àquela esplendorosa ilha vulcânica, ao sairmos do avião, fomos obrigados a tirar o casaco imediatamente, pois a temperatura rondava os 34ºC. Fomos recebidos calorosamente pelos nativos havaianos. Todos eles com roupas características daquela terra calorenta, com um bronze dourado e todos eles muito sorridentes. Fomos directamente para o hotel Royal DELUX, um hotel 5*. Quando lá chegamos os empregados receberam-nos com uma cortesia enorme, e fizeram um serviço muito bom. Depois fomos directamente para a nossa suite especial que ficava no 5º andar. Quando lá chegámos, as malas já estavam na suite, o que nos trouxe imediatamente boa impressão do hotel. Ao entrar à porta da suite, parecia que estava a entrar num outro mundo, um mundo onde não há diferenças socias e onde tudo tem luxo e esplendor. Imediatamente atirei-me para cima da cama e os lençóis de seda, fizeram uma caricia magnífica, levantei-me, e então deparei-me, com uma varanda enorme, com uma vista magnífica sobre o mar, um mar jamais desprezável pois era límpido e azul. Quando olhei para o lado esquerdo vi um Havai mais urbanizado, repleto de edifícios muito altos, contudo ao lado direito tinha uma paisagem deveras curiosa, era certamente uma savana, com vegetação baixa e casas ao meio delas, debrucei-me sobre a varanda olhando o grande esplendor desta terra havaiana. Foi quando a minha melhor amiga chega a correr e aos gritos:
            - Tatiana, Tatiana, já viste a nossa casa de banho?
            -Não, vamos lá- disse eu emocionada.
            Quando cheguei, fiquei boquiaberta, a casa de banho era tão luxuosa que até dava tonturas. Era composta com um chuveiro enorme, outro com um sistema de massagens, e um jacuzzi que cabia pelo menos 6 pessoas ao mesmo tempo.
            Por volta das nove horas da noite, descemos para jantar, no restaurante do hotel. Com um vestido branco de gala, o cabelo enorme com caracóis e uma maquiagem muito discreta, descemos, no elevador até ao 1º andar onde se encontrava o grande salão de jantares. O salão era enorme, cheio de aromas tropicais e com uma decoração muito formal. Sentamo-nos numa mesa mesmo perto de uma cascata, que ficava na parte exterior do salão. O serviço era muito agradável, e os empregados falavam fluentemente o Inglês o que nos veio facilitar na comunicação. Certa hora, tive que ir a casa de banho, quando embarrei com um homem muito charmoso que acabou por me sujar o vestido branco com vinho tinto. Quando olhei fixamente o homem reparei num homem muito bonito, de olhos claros, uma boca carnuda e um sorriso convidativo. O Homem disse-me o nome dele, e quis oferecer-me uma bebida no bar exterior junto há piscina, onde estava a ocorrer uma festa. Eu muito agradecida, aceitei, e lá fui com ele. Aquele homem tinha um jeito de ser, de sorrir, de falar e até de se vestir que atraia todos os que passavam por ele. Vestido a rigor, com um fato do Hugo Boss, e com um perfume muito bom. O homem muito suavemente agarrou-me na mão e pediu-me para dançar com ele. Eu imediatamente corei, ficando assim muito envergonhada, mas que tinha eu a perder, não é sempre que temos oportunidades destas.
            Após a dança, olhei para o lado e tava la a minha melhor amiga a se divertir também. Foi quando o rapaz fixou os seus olhos nos meus, e disse:
            -Vem comigo, quero mostrar-te uma coisa muito bonita.
Então, nós fomos. Entrei no BMW descapotável, e ele levou-me para um local deveras belo, algo que nunca antes tinha visto. Era uma Praia, enorme e com areia amarela, o mar batia na areia calmamente e o ar era tão puro e agradável e o melhor cheirava a maresia. De frente estava a lua muito grande e no seu maior nível de esplendor. Foi quando ele disse:
            -Veste isto vais sentir-te mais confortável - muito discretamente vesti aquele biquíni e fui ter imediatamente com ele à beira mar. Foi quando deparei-me com umas pranchas de surf. Olhei para ele e disse:
            -Afinal, o que vamos fazer?- perguntei eu muito curiosa, e emocionada pois sempre quis fazer surf.
            - Vamos até uma festa, que fica numa praia mesmo por trás deste rochedo, e a única maneira de ir é de prancha de surf.
Eu imediatamente concordei. Foi então que já no mar, comecei a ver umas luzes perto do rochedo, numa praia muito pequena. Era uma festa de nativos com as danças e os rituais tradicionais. Nessa noite bebi imensa água de coco, dancei e festejei junto com os nativos. Amei essa noite, e foi a noite em que conheci o amor da minha vida. Durante essas duas semanas que estive no Havai de férias, fui conhecendo o homem magnífico que ele era, conheci os seus defeitos e as suas qualidades mais intrínsecas, e gostei dele mesmo assim. Numa noite de loucura, até os nativos casaram-nos, não sei se é verdade, mas um casamento feito pelos nativos do Havai dura uma eternidade.